domingo, 5 de setembro de 2010

É época de Eleição!

Época de euforia e decisão com vontade de escolha de mudanças para alguns e de afinco para outros. Instante este que o futuro da nação está em jogo (sim, sei que já ouvimos isso em algum lugar, mas quem sabe se com outra reiteração tomaremos consciência, afinal, o futuro está em jogo, e como em todo jogo vence o melhor jogador, ou não...)

O espetáculo da propaganda é um dos meios de se perceber os tipos de jogadores. Vemos aqueles que jogam por vício, os que sabem jogar e aqueles que querem mudar o jogo justamente por não conseguir ganhar. E para não esquecer existem aqueles que nunca jogaram, mas que acabam ganhando. Sorte? Que nada, foi apenas um modo improvável de se jogar. Além destes, há aqueles que sabem que estão em um jogo, mas buscam a essência da coisa. Esses sim produzem um caráter potencial bom. Mas, que prazer teríamos em votar para perder? Isso mesmo! Já sabemos que iremos votar para perder.

As músicas nos conduzem nesse momento e os candidatos (que provavelmente não são cândidos por natureza) se tornam corruptos notórios, palhaços engraçados e maquiados de vantagens.

Mas nos resta os potencialmente bons e será que ser virtuoso nesse momento é o melhor? Evidente. Cícero dizia “não deve diferenciar entre grandes e pequenos, pois todos têm idênticas necessidades” eu, porém, digo que temos necessidades idênticas que se evidencia mais no estado primitivo e as qualidades estas é que fazem o diferencial.

Um abraço e lembre-se a soberania é popular.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ritmo Biológico

Um vicio constante
que se propaga sobre o ar
não importa se você está distante
pois ele atravessa terra e mar.

Traga sua história
e transforme suas decisões
de maneira satisfatória
não sendo mais um dos meros vagões.

Não queira mais petrificar,
pois nesse ritmo eufórico
você irá se fortificar.

Poderá até ser taxado de fugitivo,
mas veraz que será
muito mais que um mero lucrativo.

sábado, 24 de abril de 2010

Produto da inspiração

Grandes doutrinadores costumam dividir a realidade que nos cerca em três esferas: a esfera da natureza, a esfera dos valores e a esfera da cultura. A esfera da natureza engloba tudo que existe independentemente de nossa vontade. A esfera dos valores refere-se às atribuições que damos ao que está em nosso redor e a esfera da cultura refere-se a tudo que é produzido pelos humanos.

É essa terceira esfera que irei focalizar aqui, pois esta trata de tudo que vem satisfazer as necessidades humanas, já dizia minha mestra de história que “a necessidade é a mãe de toda realização humana”.

Pois bem, digo que não há nada mais encantador e admirável do que aquilo que é criado por meio da inspiração, ou seja, estou me referindo à arte que é expressa de infinitas maneiras e formas que alcançam e despertam certos sentimentos, é o meio de manter viva uma idéia e atingi-la a outro, é despertar a dúvida e a certeza de algo, é mexer com os sentimentos tornando-se permanente em “corações”.

A música New Age, como exemplo, possui um caráter instrumental que se associa a sensibilidade e o extenso conteúdo capilar de seus maestros conseguindo misturar sensações com o ritmo da melodia. Vangelis, por exemplo, com sua expressão sonora, Conquest of Paradise, desperta grandeza, medo e curiosidade de modo que as sensações vão sendo conduzidas e ministradas ao longo da musica.

A arte se manifesta de tal maneira que parece uma obra natural e associada aos mistérios do universo. Esses mistérios nos fazem refletir sobre o sentido da existência e sobre o minúsculo e gigantesco potencial de intervenção de cada um de nós.



Viver é mais do que viver, é simplesmente VIVER!!!


sábado, 27 de março de 2010

Nós

Falar sobre nós (humanos) nunca foi fácil, pois somos altamente complexos que nós mesmos nos desconhecemos. Quero dizer-lhes que estamos inseridos na sociedade e a coexistência é inevitável o que nos torna por natureza seres sociais.

A amizade, sim, está é um dos sentimentos humanos mais belos e admiráveis em uma sociedade, falo aqui da amizade definida por Miguel Reale como “laço permanente de dedicação”. Isto é, dedicação de um ser humano a outro, não motivado por qualquer interesse e com caráter de permanência, de continuidade.

Desse modo, exprime que o individualismo seguido de egoísmo deve ser repudiado, até porque isso transformaria em uma sociedade altamente competitiva e de difícil vivência. Já pensou cada um por si? E os outros... os outros que se “lasquem”?

Assim, o respeito ao seu semelhante estaria sendo violado. Por mais que não ache somos semelhantes, afinal somos humanos e o que nos diferencia são somente nossas qualidades, e isso é o que nos torna diferentes e iguais ao mesmo tempo, pois ao admitir que todos possuem qualidades é concordar que somos iguais. Ou melhor, somos iguais por sermos diferentes.

Chaplin já dizia “conhecer o homem – esta é a base de todo o sucesso” afinal somos complexos, e é imprescindível a compreensão, mesmo que seja mínima possível, da complexidade dos nossos semelhantes por meio da philos, da sensibilidade e do respeito.

sábado, 20 de março de 2010

Enquanto isso...

Educação como capacitação...

E que capacitação?

Chorões e bandidos de terno entre o poder...

Que emana do povo?

Pobreza não erradicada...

E os fundamentos?

Mortes e mortes por falta do dinheiro que foi para a corrupção...

E a coragem com sua força benéfica?

Ela é pouco comum...

Já a covardia...

Infecta mais geral as almas...

Que se submetem pelo outro poder...

As vossas excelências falam em cidadania e sustentabilidade...

Cadê a essência dessas palavras?

Participação nós não temos...

Somos acomodados...

Somos sem autoconfiança...

Mas não vamos deixar para as calendas gregas...

Somos a última da caixa...

Somos o povo...

Uma sociedade, uma nação e vidas.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

No interior

Nas últimas semanas estive presente no distrito de Três Irmãos em Novo Oriente no Ceará. Distrito este em que olhei para o mundo pela primeira vez. Percebe-se nitidamente lá que os antigos hábitos estão sendo consumidos pelo avanço tecnológico (globalização) e que o individualismo vem tomando o lugar do velho costume de se reunirem à noite com os vizinhos que passam a preferir o capítulo da novela sozinho em suas casas. Muitos ainda (geralmente homens) se reúnem em bares a noite em busca de entretenimento. Entretenimento este que é alcançado por eles através de ingestão de bebidas alcoólicas, cigarro e de discurso de filosofias de vida. E foi neste ponto que mais me focalizei nesses dias. Ao passar algumas noites observando os discursos percebi que apesar de a grande maioria daqueles homens serem analfabetos eles possuem um grande poder de observação e reflexão em conjunto. As “reuniões” são tidas como encontros para apresentar sua filosofia de vida e discutir as opiniões dos outros de modo a enriquecerem seu conhecimento sobre a vida. Servindo até como desabafo e autoajuda. Nas noites em que estive em um barzinho, os assuntos mais discutidos entre eles eram: desigualdade social, o papel do trabalho no mundo, velhos e novos tempos (comparações), economia local (circulação do dinheiro) e até questões de grande repercussão mundial como o recente terremoto no Haiti e o papel dos Estados Unidos no mundo.

Porém alguns conceitos arcaicos ainda estão enraizados na cultura daquele povo. Durante minhas observações, percebi através de expressões como “além de ser negro é pobre” e “não vou deixar um sexo inferior mandar em mim” que o racismo com relação aos negros ainda encontra-se vivo e que o machismo se torna evidenciável.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Familiar Especial


Venho aqui para ressaltar um membro especial em minha família. Antonio Adão de Araújo, meu tio. Homem que apesar de conviver há mais de 38 anos com uma deficiência física não se prende aos limites impostos pela sociedade e encara-os de frente com o seu pensar diário e com seu bom humor.

Com suas próprias palavras:

Minha vida

Minha vida é muito boa

Deficiente físico, tetraplégico, torto

Vivo numa cadeira tropa

E no vazio oco, o pensamento voa

Por isso vivo numa boa

Minha vida não é á toa

Porque minha cabeça é boa

Autor: Antonio Adão de Araújo, em 15/01/2004

"Amigo viva com bom humor, pregue a paz e tenha respeito ao outro."(Antonio Adão de Araújo)