domingo, 30 de janeiro de 2011

O Rock


Guitarras acionadas, bateria explodindo, um som plugado em 220, um vocal excitado, o baixo amenizando e todos gritando “she likes rock 'n' roll”.
Cachorros chamados de Ozzy, morcegos aterrorizados, uma evocação suprema, fuck! Fuck!, a energia atravessando o corpo e milhões de lagartixas sincronizadas.
Um “Yesterday” mais que presente, um “Help” incentivador, um “Forever” suplicante, um “Dreamer” autônomo, um “Break Free” libertador e um “My way” apaixonante.
Uma caminhada rítmica, desvendando o medo, criando reinos, sensibilidade exaltada, “love you” expandido, sentimento da própria existência e uma certeza plena.
Olhares fixos, o clarão da lua, o ventos nos cabelos longos, o piano consolador, as aflições purificadas nos solos longos e o exagero da vida.
A censura não é párea, as angustias esmagadas, dilemas quebrados, deuses pareados, dois passos para o paraíso e diretriz construída.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Miséria


      Desde quando rua é lugar para se morar? Não deveria, mas é. Pessoas abandonadas pela família e excluídas socialmente.
      Mas nossa constituição garante que homens e mulheres são iguais em direitos, talvez seja verdade, afinal todos possuem o direito de ter sua própria família, sua casa (propriedade), sua comida, seus amigos, seu afeto e o seu desejo de viver. Caso pergunte a um morador de rua ele provavelmente dirá que sua família e seus amigos são seus conhecidos da rua, sua casa é a rua, sua comida o resto ou talvez um café resultante de um trocado, seu afeto o cobertor em noites de frio e aquele vira-lata tremendo talvez de medo ou/e frio, seu desejo de viver é o não viver ali. Pelo que aparenta nossa sociedade é e muito desigual a ponto de estamos acostumados a ver as situações desiguais de forma natural. Mas o que fazer? Nem todos os moradores de rua têm voz de locutor para revirar completamente sua vida com um mero vídeo no ‘you tube’ e a bebida alcoólica aquela que é prazerosa na socialização e ao mesmo tempo destruidora social. Reiterando, mas o que fazer? Aceitar e ignorar e preocupar-se com o que há de mais importante via critério subjetivo? E se fosse um familiar que estivesse ali? Cabe a cada um procurar o seu jeito de melhorar, ou como diz aquele palhaço, não deixar ficar pior do que ta.